Análise de riscos: como conhecer seu cliente de forma efetiva
Veja dicas essenciais para analisar os riscos empresariais.
O processo de KYC – Know Your Client – envolve conhecer seu cliente e fazer uma análise de riscos que ele representa para o negócio e para a conformidade com o compliance da empresa.
Dessa forma, em todo processo de análise cadastral de um cliente é essencial estender essa investigação a todo o quadro societário da empresa. Isso porque algum sócio ligado a ela pode representar um risco maior para a organização.
Veja como você pode fazer essa análise de riscos de forma eficiente.
Quadro societário e a análise de riscos
Ao iniciar uma empresa, será necessário captar recursos financeiros para começar a atuar no mercado, garantir os primeiros clientes e realizar os primeiros investimentos. Dessa maneira, algumas organizações começam seu capital com dinheiro advindo de sócios. Esses investidores podem entrar como acionistas ou terem um peso efetivo nas tomadas de decisão.
A questão é que, dependendo da reputação desse sócio no que diz respeito às suas obrigações legais e fiscais, ele pode representar um risco maior para a empresa. Isso porque, por exemplo, ele pode ser uma PEP – Pessoa Politicamente Exposta – ou possuir alguma mídia negativa que impacta diretamente na análise de riscos.
Por meio do KYC e da validação cadastral, essas empresas conseguem identificar informações que indicam o nível de risco que representam ao negócio. Por exemplo, identificam indícios de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.
Assim, é necessário analisar todo o quadro societário em busca de irregularidades que possam representar risco ao negócio e ao compliance da organização.
Dossiê reputacional: como fazer na análise de riscos
O dossiê reputacional é um documento elaborado a partir da validação dos dados fornecidos pelo cliente. A partir da pesquisa realizada essa organização pode aceitar ou negar uma análise de crédito com muito mais precisão e assertividade.
Apesar que prática pode ser realizada manualmente por meio da consulta de documentos disponibilizados pelos órgãos públicos, esse método conta com a possibilidade de automação via plataformas de validação cadastral.
Esse processo de validação de dados e KYC tem o intuito de conhecer melhor o cliente que quer fazer parte da empresa, oferecendo um grande volume de informações para que esse gestor consiga tomar melhores decisões.
Sendo assim, esse sistema auxilia o gestor de compliance a coletar dados como:
- Confirmação da identidade do cliente: verificação prévia se a empresa é de fachada ou não;
- Roubo de identidades;
- Ocorrência de fraudes: esse futuro cliente está em dia com suas obrigações legais e fiscais?
- Lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo: nessa fase é possível ter acesso a todos os atos ilícitos praticados pela empresa e quais foram as fontes de financiamento e parceria que ela acessou nos últimos anos.
É importante destacar que essas análises precisam e devem ser realizadas com frequência, sendo sempre atualizadas nas movimentações realizadas pelos sócios e proprietários do empreendimento.
Entre os benefícios em automatizar o processo de validação cadastral está a possibilidade de reduzir os custos operacionais da empresa. Além disso, também consegue direcionar melhor o trabalho da equipe que antes fazia o processo de maneira manual.
Além disso, a elaboração de documentos para essa análise de dados fica bem mais simplificada e descomplicada para conhecer a fundo o perfil desse cliente e se proteger dos danos que ele poderá causar.
Compliance e auditoria interna
É comum que algumas organizações ainda confundam o compliance com o setor de auditoria interna. Isso se deve ao fato de que ambos podem se complementar em um dado momento. A autoria consegue prestar assistência para o gestor de compliance acerca de informações passadas de alguns clientes e como vem sendo a sua relação com a empresa.
A partir destes dados, o setor de compliance consegue saber:
- Participações dos investidores em outras empresas;
- Renda presumida;
- Como anda o quadro societário.
Por se tratar de algo contínuo, o compliance precisa entender a fundo todos os clientes que estão envolvidos no negócio para poder realizar a análise de risco sem erros.
Via: Cedro Blog